sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Vamos celebrar a estupidez humana

Quando o Bahiano pede: Na cara não, pra não estragar o velório, e o Matias, sem choro nem vela, pega a 12 e aponta na cara do fulano, o coração dos telespectadores, a cada segundo, se acelera freneticamente. Pulsa dentro deles o desejo de vingança por tudo o que é assitido na vida real, sem que possam intervir nem de forma fictícia.

Matar o Bahiano foi mais do que vingar a morte de outro membro do BOPE, foi mais que um simples "grand finale". Foi a manifestação do arquétipo de justiça, alimentado e suprimido em cada um de nós.

Matar o Bahiano foi punir os espancadores de domésticas, os ladrões de carro que, de brinde, arrastam brutalmente crianças presas no banco de trás, foi manifestar a revolta e concretizar a vingança residente no coração de quem tanto grita silenciosamente.

Mas, quando pensamos na morte do Bahiano, vemos um assassinato e aplaudimos. Apaudimos o assassinato pela sede de vingança. Aplaudimos não somente pela morte, como também pela dignidade. Mesmo sendo um exemplo explícito de justiça feita com as próprias mãos, que pode ser tão suja como qualquer outra injustiça, vemos a limpeza da honra feita com postura de homem, e não um simples assassinato. E mais uma vez, a ficção tapeia a realidade.

Achou que ele tinha só desmaiado? Fala sério né?!